sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sem resposta do governo sem-tetos tocam fogo em árvores no meio do KM 09

Após dois dias de espera, os invasores atearam fogo em pedaços de árvores para impedir a passagem de veículos no KM 09 e chamar a atenção da mídia e do governo.



Após passarem o dia todo de quarta-feira (06) em frente ao Palácio do Governo e não obterem qualquer posição do governo, os moradores da invasão intitulada “Bairro do Governador”, que tem prazo para sair do local até as 05hs da manhã de sexta-feira (09) novamente se deslocaram ao órgão na manhã de quinta-feira (07) para mais uma tentativa de sensibilizar o governador e receber uma resposta definitiva favorável a eles; o que não aconteceu. Às 12hs vendo que nada seria feita por eles, os moradores voltaram para o terreno da invasão, que fica próximo a comunidade do Coração e resolveram interditar um trecho do KM 09, que fica logo após o trilho do trem. Pedaços de árvore foram colocados no meio da rodovia e depois os invasores atearam fogo na madeira, impedindo a passagem de qualquer veiculo que tentasse ultrapassar. Segundo Romisson Dias, um dos líderes do “Bairro do Governador” este ato foi a forma que eles encontraram para chamar a atenção da mídia e do governo para o problema deles. “Nós fizemos isso para chamar a atenção da mídia e do governador para a nossa situação. Pois, nós vamos ter que sair daqui às 05hs da manhã e não temos para onde ir”, explicou Romisson.

Segundo o morador, estas terras pertencem à esposa do ex governador, Pedro Paulo, Drª Denise, que foi quem solicitou a retomada do terreno. “No entanto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) é bem claro ao dizer que o proprietário do terreno tem até 10 anos para fazer qualquer tipo de benfeitoria no local. Mas, neste terreno nada foi feito após 20 anos. Logo, nós temos o direito de morar aqui e esta Drª Denise pegou este terreno de graça para vender durante a gestão do esposo dela”, explicou Romisson.

“Nós só queremos um lugar para morar, mas parece que ninguém faz questão de nos ouvir”, reclamou outro morador. Eles ainda informaram que os foi prometido a suspensão desta liminar por um dos juízes do TJAP, segundo o que foi prometido pelo diretor do Instituto de Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (IMAP), Maurício Oliveira de Souza. “O diretor do IMAP nos prometeu conseguir a suspensão da liminar, que um juiz do TJAP ia conceder, mas não fez nada”. Por volta das 16hs20 da tarde, a Polícia Militar chegou ao local onde após conversa pacífica conseguiu desobstruir a via.


Por: Lívia Almeida

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