segunda-feira, 28 de março de 2011

Áreas de Ressaca sofrem com descaso das autoridades públicas

Moradores das áreas de ponte de Macapá não têm saneamento básico, água encanada e muito menos segurança.


As áreas de ressaca habitadas em Macapá estão crescendo, o número de invasões cresce assustadoramente, ato esse que resulta em consequências ruins para os seus habitantes. Eles sofrem com a falta de água encanada, saneamento básico e falta de segurança.

Um exemplo a ser citado, é a situação das áreas de pontes do bairro do Muca, por faltar um local para armazenar o lixo, as pessoas acabam jogando os restos de comida e materiais plásticos em torno de suas casas, que por serem alagadas, provocam um odor insuportável. Os próprios moradores afirmam que essas atitudes “são tomadas por moradores que não têm o menor senso de limpeza.”

A população do local também sofre com a falta de segurança, pois a quantidade de bocas de fumo aumentou o que provoca o embate entre gangues rivais, que querem controlar os pontos de drogas. Em visita ao local, repórteres do Jovens Jornalistas presenciaram um monitoramento feito pelas viaturas da Polícia Militar, porém não há espaço para esses veículos entrarem nas áreas de ponte, o que provoca uma invasão dos criminosos para estes locais.

Outro ponto é a falta de saneamento básico, no local há casas que jogam suas excreções em meio às águas que as cercam, fato que exerce grande influência, no grande número de doenças a que os moradores estão expostos; como por exemplo a cisticercose, que é a contaminação por cisto da Taenia solium. Os ovos desse platelminto ficam em lugares úmidos, e qualquer contato com seres humanos eles entram no organismo, provocando dependendo de onde se alojarem, dores de cabeça, convulsões, confusão mental e até morte, se tiver alojado no cérebro e se alojada na coluna e região muscular, causa dor e dificuldades de locomoção e na região ocular, distúrbios visuais e até cegueira. E também com o aumento das chuvas, há o acarretamento de casos de leptospirose.


Por: Anderson Calandrini

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